Este terceiro disco, como que uma segunda metade de Plástico, volta a contar com a produção de Fábio Jevelim e Makoto Yagyu (PAUS). Em contraste com os seus registos anteriores, a banda lisboeta mistura agora, à urgência do seu punk habitual, um capítulo stoner, desafiando o formato convencional de canção.

Seguindo a ideia de continuidade entre Plástico e Videonojo, os dois EPs têm agora direito a uma edição conjunta no formato de CD duplo, com o selo Colado. A digressão nacional teve início em Novembro, num concerto de lançamento para um Musicbox cheio.​

Desde a formação do projeto, em Janeiro 2016,
impuseram-se em alguns dos palcos mais relevantes da cena alternativa nacional, passando rapidamente por casas como o Sabotage Club, Musicbox Lisboa ou Maus Hábitos Porto. A demanda de levar o EP de estreia Marina (e o seu single Ostras e Champagne) a todos os cantos do país fê-los ainda partilhar palco com bandas como The Parrots, The Sunflowers, Surma ou GANSO. A vitória no Vodafone Band Scouting garantiu-lhes lugar na última edição do Vodafone Mexefest (2016), onde atuaram no mesmo palco que Kevin Morby, herói de longa data.

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MOON PREACHERS, Seixal

"O mundo lá fora está a arder. Não é bonito?" Foi o que me passou na cabeça quando ouvi "A Free Spirit Death" dos Moon Preachers. São dois miúdos do Seixal que nos transportam para o cosmos psicadélico que tanto adorámos. Uma bateria galopante e rica em vitaminas por entre a guitarra reverbada e esquizofrénica, acentuadas por uma voz em crise, à procura de paz na alma. Há loucura, há paranóia, há a inquietação de ser jovem e querer libertar as vozes dentro de nós. Há uma movimentação que não é premeditada, os objectos à nossa volta parecem ganhar vida e voar pela sala numa dança sincronizada ao som de um espírito livre que se apodera não só da nossa aura, como do ar que respiramos e que alimenta todo o nosso ser.
E se me disserem que o mundo lá fora está a arder, eu acredito. Se me perguntarem se é bonito? Com o álbum dos Moon Preachers no volume máximo nos headphones, a resposta é um magnífico "Sim".