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Sistema Coreográfico
— a Partir do ZumZum das Vespas Mecânicas
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Isabel Carvalho | Sistema Coreográfico — a Partir do ZumZum das Vespas Mecânicas
👉 Ciclo "Da DERIVA" com curadoria de João Baeta
Abertura/opening: 25.05.2023 (QUI), 18h30
Até/Until: 28.06.2023
🔖Entrada Livre
📍 Mupi Gallery
👉Desde que as vespas de uma nova espécie mecânica se movem numa dança ao ritmo de um zunzum sonoro dentro da nossa cabeça – ou porque se meteram por entre as finas fissuras das membranas ósseas ou porque conseguiram forçar entrada pelas aberturas cranianas para se espalharem por aquelas massas moles e muito esponjosas onde está localizada geograficamente a linguagem e aí fabricarem uma geleia de imagens, efeito de uma miscelânea de experiências –, incentivam a nossa vontade de executar ações que vistas do exterior parecem absurdas, mas cujo significado corresponde às nossas intuições que, de outro modo, ficariam reféns das ilusões de clareza que reprimimos com receio de criarmos conflitos, ou por preguiça de defendermos o que acreditamos ser exato, abstraindo-nos de medirmos forças entre o interior e o exterior, e deixando-nos cair numa sonolência apática que camufla a extraordinária capacidade de virmos a ser exatamente o que somos, sem esperança de conversão noutra coisa. Ora, isto não é metáfora, por exemplo, para enunciar uma experiência de êxtase animal nem uma imagem de ficção científica, é tão-só o que nos acontece com muita frequência quando as vespas mecânicas vibram dentro de nós. Por isso, estas linhas guiam-nos numa hipotética realização coreográfica – que já serviram de manual em 2012 quando foram pela primeira vez publicadas –, e voltam agora a ser talvez úteis quando for oportuno sublinhar o quanto a dança é expressão disruptiva de um conjunto de expectativas que não nos pertence e que se afirma ser condutor de singularidades.
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Sobre a artista
O seu percurso artístico caracteriza-se por uma forte componente experimental, sustenta-se na investigação, principalmente no domínio da filosofia e da literatura, e desenvolve-se no cruzamento das artes com as ciências e o conhecimento especulativo. Nos seus projetos aborda recorrentemente questões relativas à materialidade subjacente à linguagem e extensíveis às formas expressivas não-verbais. O seu trabalho tem-se desenvolvido na íntima articulação entre as artes visuais, a escrita, a edição e a publicação de livros, grupo de expressões ou meios que, ao longo dos últimos anos, tem vindo a expandir para a escultura e a ocupação do espaço tridimensional. Expõe individual e coletivamente com regularidade, destacando-se, entre as mais recentes apresentações, as seguintes: Langages Tissés, Centre d’Arte Le Lait (Albi), em França e AR(a)C(hné)-EN-CIEL, Galeria Quadrado Azul (Lisboa), Strange Attractor, Pavilhão Branco (Lisboa) e Pés de barro, Galeria Municipal do Porto (Porto), em Portugal. Fez residências artísticas na Kusntlerhaus Bethanien, Berlim, Alemanha; Hangar, Barcelona, Espanha e Maaretta Jaukkuri Foundation, Lofoten, Noruega. Está representada em várias coleções públicas. Foi responsável pelo projeto Navio Vazio, um espaço de ocupação temporária de experimentação editorial a três dimensões. Em 2017, iniciou a revista Leonorana, da qual é autora e editora.
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A Mupi Gallery é uma galeria dedicada à imagem inaugurada em Maio de 2015 no foyer da sala de espectáculos do Maus Hábitos, que acolhe, desde então, uma vasta programação de exposições individuais por artistas locais e internacionais em diferentes estados de emergência.
A Mupi Gallery tem como objectivos apoiar a criação de novas obras e experiências visuais, bem como promover o percurso artístico dos artistas convidados, através do desafio a apresentarem um novo trabalho a solo que tire partido das características e destaque singular do grande formato. Procura também promover a cena artística contemporânea nacional, dando a conhecer o trabalho sólido de artistas locais bem como novos nomes das artes visuais.
Esta galeria dedicada a exposições individuais, complementa a programação artística da Saco Azul/Maus Hábitos, por fazer um contraponto ao programa da sala de exposições, dedicado ao encontro e diálogo artístico através de exposições colectivas e de cruzamento.
A Saco Azul convida um artista por mês a ocupar o tríptico retro-iluminado, promovendo, via bolsas de apoio à produção, a criação de obras que utilizem a imagem como meio de criação contemporânea, afirmando ou questionando o seu papel na atualidade. Composta por 3 Mupis de comunicação publicitária urbana cedidos pela JcDecaux ao Maus Hábitos, esta galeria não só é interessante pelas suas características físicas, como também pelo impacto cultural e conotação comercial inerente aos suportes. Ao artista fica o desafio de reagir ou interagir com esta estrutura, assumindo todas as suas capacidades e conotações.
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