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A altitude de um caracol
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👉 Ciclo "Da DERIVA" com curadoria de João Baeta
Abertura/opening: 19.10.2023 (QUI), 18h30
Até/Until: 22.11.2023
📌 Mupi Gallery
Wollastonia turricula é o nome científico de um pequeno caracol endémico do Ilhéu de Cima, localizado ao largo da ilha do Porto Santo. A sua ocorrência é limitada a uma área muito reduzida do referido ilhéu e distingue-se particularmente devido à sua concha alongada e em forma de “torre”. Tomei conhecimento da existência deste caracol durante a série de trabalhos que produzi e apresentei entre 2010 e 2014, sob o título de “O Ilheo dos Dragoeiros”–topónimo atribuído no século XVI ao actual Ilhéu de Cima.
Volvidos alguns anos, recuperei e aumentei a pesquisa sobre W. turricula, reflectindo-se no meu trabalho no atelier. Mais precisamente através de tentativas de reproduzir tridimensionalmente a concha do referido caracol, variando a escala e materiais, texturas e cores, opacidades e transparências.
As imagens/colagens digitais concebidas para a Mupi Gallery são composições que conjugam elementos desse trabalho, do desenho e da escultura, com uma sequência de três fotografias aéreas do arquipélago do Porto Santo. Oportunamente disparadas durante um voo entre o Funchal e o Porto, as fotografias congelam uma paisagem em movimento onde, pausadamente, através da obra de arte, o caracol é apresentado como fenómeno atmosférico.
Imagem: O Ilheo dos Dragoeiros (Ilhéu de Cima, Porto Santo), 2010
Sobre o artista:
Nuno Henrique (Funchal, 1982)
Vive e trabalha entre Portugal e Nova Iorque.
O seu trabalho tem-se focado sobretudo na conjugação da escultura e do desenho. Expõe regularmente desde 2009. Em 2021, apresentou a exposição individual "Calendário" no Projecto Travessa da Ermida, Lisboa; em 2020, a exposição “Fruta Feia” no Módulo, Lisboa. Em 2022, participou na exposição colectiva “Tisanas” com curadoria de Maria do Mar Fazenda, Fundação Eugénio Almeida, Évora; em 2019 no “Ilhéstico” com a obra “O Mar Vertical”, curadoria de Miguel von Hafe Pérez, Porta 33, Funchal.
Foi bolseiro das seguintes instituições: Ar.Co/Porta 33, 2009/10; Centro Nacional de Cultura, 2011; Fundación Botín, Santander, 2012; Fundação Calouste Gulbenkian 2012 – 2014/2016. Está representado em diversas colecções, tais como: Ar.Co, Biblioteca do Vaticano, Câmara Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte Gulbenkian, Fundação Carmona e Costa, Fundacíon Centenera Jaraba, Fundação EDP, Colecção Fernando Figueiredo Ribeiro, Colecção MG, Mudas–Museu de Arte Contemporânea.
Em 2005, licenciou-se em Escultura na FBAUP. Foi assistente de produção da Porta 33, 2008. Frequentou o Projecto Individual na Ar.Co, Lisboa, 2009/10. Em 2016, concluiu o Master of Fine Arts na Pratt Institute, Nova Iorque.
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A Mupi Gallery é uma galeria dedicada à imagem inaugurada em Maio de 2015 no foyer da sala de espectáculos do Maus Hábitos, que acolhe, desde então, uma vasta programação de exposições individuais por artistas locais e internacionais em diferentes estados de emergência.
A Mupi Gallery tem como objectivos apoiar a criação de novas obras e experiências visuais, bem como promover o percurso artístico dos artistas convidados, através do desafio a apresentarem um novo trabalho a solo que tire partido das características e destaque singular do grande formato. Procura também promover a cena artística contemporânea nacional, dando a conhecer o trabalho sólido de artistas locais bem como novos nomes das artes visuais.
Esta galeria dedicada a exposições individuais, complementa a programação artística da Saco Azul/Maus Hábitos, por fazer um contraponto ao programa da sala de exposições, dedicado ao encontro e diálogo artístico através de exposições colectivas e de cruzamento.
A Saco Azul convida um artista por mês a ocupar o tríptico retro-iluminado, promovendo, via bolsas de apoio à produção, a criação de obras que utilizem a imagem como meio de criação contemporânea, afirmando ou questionando o seu papel na atualidade. Composta por 3 Mupis de comunicação publicitária urbana cedidos pela JcDecaux ao Maus Hábitos, esta galeria não só é interessante pelas suas características físicas, como também pelo impacto cultural e conotação comercial inerente aos suportes. Ao artista fica o desafio de reagir ou interagir com esta estrutura, assumindo todas as suas capacidades e conotações.
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