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Ruben Santiago
Let me google that for you
27 junho > 24 julho
Ruben Santiago (Sarria, Galiza, 1974), através da sua obra, examina criticamente os mecanismos pelos quais a memória colectiva é formada e reflexiona sobre como as instituições regulam a concessão de valor simbólico. Abraçando estrategicamente processos a longo prazo e metodologias contínuas, Ruben concretiza a sua prática como experiência expandida que permeia cada aspeto da sua vida quotidiana.
As apresentações públicas do seu trabalho tornam-se instrumentos de negociação através dos quais procura contestar e analisar definições do real. Ruben Santiago cria instalações, projetos site-specific, mecanismos online, trabalhos em vídeo, objectos, publicações e outros artefactos culturais. A sua obra e a sua abordagem dos processos de geração de sentido constituem um dos percursos mais singulares e significativos da sua geração. Expõe o seu trabalho em instituições internacionais, galerias e espaços independentes, desde os finais da década de 1990.
O projeto "Let Me Google That For You" articula o seu discurso através de três imagens que refletem momentos históricos e situações aparentemente desconexas entre si, cada uma delas enquadrada numa década diferente da história recente de Portugal.
Em primeiro lugar, somos convidados a observar uma imagem corporativa da Aginter Press, uma falsa agência de notícias localizada em Lisboa, desde 1966, que na realidade escondia uma organização paramilitar dependente da CIA e do M16. Seguidamente, temos uma imagem que nos remete para a estadia prolongada e pouco documentada em Angola do cantor espanhol Joselito, onde se instalou na década de 1970, quando a chegada à idade adulta interrompeu a sua carreira como criança prodígio. Por fim, temos uma terceira imagem que cristaliza um momento particularmente dramático da chamada "guerra do caulino", que começou na década de 1980 e que prossegue até aos dias de hoje, referente à luta popular contra a exploração mineira na zona de Barcelos e Viana do Castelo.
A expressão que dá título ao projeto, usualmente utilizada no contexto do debate online através da sua sigla (LMGTFY), transmite o tom condescendente e passivo-agressivo usado entre dois interlocutores que operam no espaço do comum e que dispõem das mesmas ferramentas para o efetivo conhecimento da realidade empírica e as suas múltiplas e possíveis modificações e leituras do que é considerado real. E é esta dualidade, esta tensão, entre o facto e a narrativa, que define o modo como se vive na atualidade no espaço social e na esfera do comum.
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A Mupi Gallery é uma galeria dedicada à imagem inaugurada em Maio de 2015 no foyer da sala de espectáculos do Maus Hábitos, que acolhe, desde então, uma vasta programação de exposições individuais por artistas locais e internacionais em diferentes estados de emergência.
A Mupi Gallery tem como objectivos apoiar a criação de novas obras e experiências visuais, bem como promover o percurso artístico dos artistas convidados, através do desafio a apresentarem um novo trabalho a solo que tire partido das características e destaque singular do grande formato. Procura também promover a cena artística contemporânea nacional, dando a conhecer o trabalho sólido de artistas locais bem como novos nomes das artes visuais.
Esta galeria dedicada a exposições individuais, complementa a programação artística da Saco Azul/Maus Hábitos, por fazer um contraponto ao programa da sala de exposições, dedicado ao encontro e diálogo artístico através de exposições colectivas e de cruzamento.
A Saco Azul convida um artista por mês a ocupar o tríptico retro-iluminado, promovendo, via bolsas de apoio à produção, a criação de obras que utilizem a imagem como meio de criação contemporânea, afirmando ou questionando o seu papel na atualidade. Composta por 3 Mupis de comunicação publicitária urbana cedidos pela JcDecaux ao Maus Hábitos, esta galeria não só é interessante pelas suas características físicas, como também pelo impacto cultural e conotação comercial inerente aos suportes. Ao artista fica o desafio de reagir ou interagir com esta estrutura, assumindo todas as suas capacidades e conotações.
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