A irreverência. Essa é, talvez, a característica transversal à obra de José Valente e aos quatro álbuns que antecederam Quem é o José Valente.
Depois de um disco a solo premiado, e de dois discos para ensembles (um para banda filarmónica, outro para um sexteto de violas) altamente apreciados pela crítica e pelo mais diversificado público, José Valente regressa novamente ao seu formato mais íntimo, ao seu registo aparentemente mais pessoal. “Aparentemente” porque toda a sua música se une através do desejo e da capacidade virtuosa de inaugurar paradigmas para o seu instrumento: a viola d’arco.

Porém, desta vez, a novidade é extremamente caseira. Um disco gravado dentro da sua casa, do seu laboratório, rodeado de sons dos seus músicos preferidos: Frank Zappa, José Mário Branco, Beethoven, Fela Kuti, Carlos Paredes e Shostakovich. No qual participam vários colegas, tocadores de instrumentos peculiares, fazedores de outros sons igualmente atraentes quando conjugados com a linguagem improvisada e única de José Valente: José Silva nas percussões, João Geraldo no violoncelo e baixo elétrico, João Diogo Leitão na viola braguesa, Luís Bittencourt no berimbau, Tiago Manuel Soares nas percussões portuguesas e Patrícia Costa na voz de fado.

Será Quem é o José Valente um novo álbum? Será autobiográfico? Será uma dedicatória aos seus entes queridos? Será uma carta de amor à música? Será uma afortunada mistura de possibilidades intermináveis? Será uma posição artística que grita constantemente por liberdade? Venham descobrir Quem é o José Valente.

Mediante disponibilidade poderão ser vendidos bilhetes à porta do evento.